terça-feira, 11 de maio de 2010

coisas que a gente aprende

Enquanto a gente vive, a gente aprende (apreende informações relevantes).
Adoecer significa ficar um pouco a mais na cama. Ficar na cama, para mim, significa pensar a vida com detalhes.
Percebi que aprendi várias coisas nesses últimos tempos.
Aprendi que meu signo gosta de objetividade, de certezas e maturidades. Por isso, eu tenho preguiça das criancices e da falta de evolução espiritual de alguns seres terrenos.
Aprendi que eu e a mãe dos meus filhos temos como maior característica em comum a estranha vontade de fazer o mundo inteiro feliz, a ponto de esquecer que às vezes pra ser feliz tem que se esquecer o mundo inteiro, nem que seja só por um fim de semana.
Aprendi que pessoas negativas são aptas para se autoafastarem da minha vida, porque nenhuma delas consegue conviver com minha vontade de viver.
Aprendi que quando a gente passa por relacionamentos amorosos, a vida sempre faz a gente se sentir na pele do outro, nem que seja depois de uns bons anos, só para que o nosso espírito evolua. Uma das maiores artes do espírito: conseguir enxergar isso nos mínimos detalhes a ponto de aprender.
Aprendi que a gente precisa perdoar pra evoluir. Do contrário, a gente leva nosso inimigo todos os dias pra nossa cama.
Aprendi que é gostoso marcar datas pra iniciar um namoro, mas que o melhor do amor ocorre quando você namora a pessoa desde o primeiro contato.
Aprendi que pra ser feliz a gente não pode criar vínculo de posse, mas vínculo intelectual: nós precisamos apenas gostar das mesmas coisas, dos mesmos botequins, das mesmas músicas, da mesma linguagem.
E, conseguinte, aprendi que a mágica perfeita ocorre quando, além de todas essas semelhanças, você se pega ouvindo Taïs Reganelli no carro com seu amor e percebe que existe intolerância aos mesmos alimentos, as estaturas são idênticas, os sonhos se encaixam, o time de futebol é o mesmo, a escolha do partido político é naturalmente idêntica... Assim, simples assim, sem querer, sem forçar. Acontece. A magia acontece.
E, claro, aprendi que eu nunca sei enganar meu coração.
Aprendi que não há porque ter medo. A gente não come o chocolate pensando que ele vai acabar. A gente simplesmente saboreia o chocolate. Nós somos felizes enquanto ele durar.
Pode ser que ele dure apenas meio minuto, mas pode ser que encontremos a fantástica fábrica de chocolates e ele dure pra sempre. O importante é saborear o chocolate.
Aprendi que vale a pena ser afetivo...

e que namorar é inventar qualquer desculpa só pra ouvir a voz da pessoa, tocar a pessoa, enfim, amar a pessoa.

Aprendi que aprender a arte de aprender é a razão mais bela dessa vida.