domingo, 2 de janeiro de 2011

fragmentos invisíveis

O dia pediu barulho. Eu escolhi o silêncio.
O instante disse que queria um clarão de fogos. Eu optei pelo céu escuro, iluminado apenas pelas luzes mágicas das estrelas.
A circunstância desejou multidões. Eu contei com dois dedos as pessoas que estariam ao meu lado: especialidade seria um adjetivo fraco pra caracterizar a companhia delas!
A situação implorou pelos desejos da carne! A alma se impôs e inclinou para os desejos do Espírito.
Falar de Deus num momento desses já é por conta própria uma dádiva vinda dos céus, mas ouvi-lo citar o Pequeno Príncipe foi pra marcar a ruptura na historicidade humana.
O leve toque que eu sinto nas mãos agora não contém essência descritiva, de forma que me impossibilita a sua real transcrição emotiva. É possível apenas dizer que estou feliz.
O 2010 ficou enterrado. Junto dele ficaram todas as coisas do passado. Que venha tudo novo e se for pra existir algo ainda ligado ao ano findado, que a beleza de Deus inicie sua contagem novamente do zero.
Zerar significa reconstruir, reinventar, refazer, mas realizar.
Que o futuro não remonte ao passado e que o presente seja uma dádiva compartilhada apenas com os que têm fome de justiça!
Venha 2011!!!