quinta-feira, 28 de outubro de 2010

conversas sobre amor

São treze anos que eu tento dizer o indizível. Faz tempo que eu procuro as melhores palavras pra expressar e não as encontro.
Seria clichê eu mais uma vez escrever sobre a mesma pessoa que cito tantas vezes? Piegas mesmo é não dizer o amor, porque quem ama tem mais é que se expressar mesmo, nem que seja só com as três poderosas palavras “eu te amo”.
Quem espera muito pra dizer o quanto se ama, acredito que não saiba amar.
Essa não será a última vez que escreverei sobre ela, porque a amo! E amo além da vida! A medida do meu amor por ela é amá-la sem medida.
Se não sou poeta, é porque nasci cronista. Até quando buscarei poemas pra dizer o que se pode dizer simplesmente, mas intensamente, por meio de textos simples?
Não há necessidade de poetizar nada neste texto, porque ela em si já é um poema! Uma poesia que veio pra cumprir uma missão de amor, disso eu não tenho a menor dúvida.
Talvez seria melhor por carta, o modo a tocaria fortemente! Mas eu também sei que a publicidade dos sentimentos a cativa.
Rodeada de pessoas, não à toa algumas se arriscam em arranhões múltiplos por ela. Besteira não compreender como a doçura de uma menina simples chega a cativar tão profundamente as pessoas que vivem à sua volta.
Sábia nas maneiras, não mede esforços pra atender tantos chamados: almas em vida que só querem o sabor da sua companhia. Quando a tem, ficam lisonjeadas.
Eu tenho a felicidade de publicar que quando tenho lágrimas estocadas, o abraço forte dela quebra o cristal e me derrete em sensação de amparo.
As mãos doces e macias de menina esquentam os meus braços quando o frio do cinema é forte ou quando o vento da vida é estonteante.
Os pontos de interrogações que ela exclama são setas no coração que levam a filosofia de vida e põem em xeque-mate todas as minhas verdades até então incontestáveis.
Indomável, jamais tente dominá-la. Ela foi feita livre para voar e se você se mover bruscamente, suas asas baterão forte e o colorido da borboleta se fará distante. Então, se a quiseres por perto, apenas cultive o seu jardim!
A sua alma parece ser branca a ponto de saber da vida muito mais que qualquer pessoa que a tente ensinar. Não tente fazê-la aluna, sente-se na cadeira e faça-se você mesmo de aluno, porque a missão dela é ensinar.
Platão dizia que sempre aprendia com seus alunos. Mas, veja, a lógica nunca invertia: ele sempre continuava sendo o professor. É assim que ela não deixa de aprender conosco, mas continua sendo a educadora que Deus enviou às crianças.
Eu me fiz criança pra aprender com ela e desde então encontrei um ser que precisava achar nesse mundo.
Divido com ela os meus maiores sonhos: materiais e espirituais. A cada dia mais perto da realização deles, tenho mais nítida a convicção de que dividirei com ela também a concretização de cada um deles.
Divido a eternidade, porque um amor assim só pode vir além da metafísica.
Um caso de amor que a limitação humana tem dificuldade de compreender. Uma ligação de tempos que a própria religião costuma impedir que entendamos.
Mas, como disse o sábio Carlos Drummond de Andrade, “se você sabe explicar o que sente, não ama, pois o amor foge de todas as explicações possíveis”.

Pouco me importa compreender esse amor! Importa mesmo é que eu amo amar esse amor que amo!

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