quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

Que se danem os nós



Não raramente eu ouço uma música e a melodia fere meus sentidos a ponto de me incentivar a escrita.

Hoje começou assim:

Vem, nunca é tarde ou distante
Pra te contar os meus segredos
A vida solta num instante
Tenho coragem tenho medo sim
Que se danem os nós
Se há alguém no ar
Responda se eu chamar
Alguém gritou meu nome
Ou eu quis escutar

De fato, a vida nos últimos dias vem me gritando a escrever. Talvez seja a presença um tanto mais próxima dela, a garota que há anos me desperta os pensamentos e me incita a filosofar.
Dias atrás, num sorvete filosófico, a nossa conversa fez-na pensar. E o que ela pensou, também me levou a refletir.
Um antigo provérbio latim diz que verba sicut ventus volant, scripta sicut monumenta manent, ou seja, as palavras voam como os ventos, mas a escrita permanece como os monumentos.
Algumas coisas precisam ser escritas. Precisam ser registradas.
Há sentimentos que são tão bons, ou talvez tão amargos, que precisam ficar escritos. Se bons, para serem revividos. Se amargos, para servirem de espelho ou força para o futuro.
Escrever sempre foi uma sina minha, mas mantenho isso em oculto. Sempre alimentando o meu impublicável livejournal.
Mas agora, que se danem os nós! Esse novo espaço é para ser público.
É para ser bebido. Seja para entenebrecer o espírito. Seja para despertar a poesia da vida...

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